sábado, 6 de outubro de 2012

Desvendando comportamentos – RASCUNHO de amizade





     Socialização ainda é um tema de bastante discussão, e nós do Papos Papados não poderíamos deixa-lo de fora. Foi apresentado na manhã de 9 de setembro, um texto argumentativo em função da forma como se iniciam as amizades na grande maioria das vezes. Tendo-me como autora, o texto como de costume ficou um pouco confuso, mas com explicações mais claras durante o decorrer do debate foi possível o começar do desvendar das palavras ali descritas. Ou no mínimo, foi possível compreender o que era para ser descrito ali. (risos) Nunca fui boa com textos desse aspecto.
      O debate levou longos dias para ter um desfecho, por conta da agenda dos participantes, mas foi ainda sim divertido e muito gratificante como sempre.  
Aqui abaixo se encontra o texto, e ao fim as opiniões expressas. Sintam-se a vontade para participar com comentários.

“Todos poderíamos ser amigos se quiséssemos?

      As condições da amizade ao senso comum são o companheirismo, o compartilhar de segredos, os laços afetivos e dentre muitos outros aspectos. Mas esquecemos sempre,ou no mínimo não notamos,a relação entre nós mesmos ao nos tornarmos amigo de alguém. Antes de tudo, é quase peneirado dentro de nós, seja no cérebro ou  ‘coração’ (racionalmente e emotivamente), os motivos para continuar aquela socialização que será um dia algo de importância – a amizade.
      É como se em segundos imaginássemos as possibilidades daquilo, ou seja ,de certa forma requisitamos nossas premiações antes mesmo de algo acontecer, certo? Estamos esperando algo antes mesmo de se pensar definitivamente em querer algo. A partir desse ponto, é como se fosse levantado todo um esquema detalhado no nosso subconsciente e a avaliação da personalidade do indivíduo relacionado é o grande centro de tudo. Por exemplo, ao conhecermos alguém com os mesmo interesses, logo ligamos a pessoa a situações das quais seriam agradáveis, já que ambos estariam se divertindo e proporcionando de maneira confortável a situação. Por isso sempre é afirmado à necessidade de afinidade cultural entre as relações.
     Se as diferenças estão presentes como uma peneira, não seriam no final das contas as amizades compostas, no mínimo, inicialmente de algo por escolha?

Nota: As amizades tomam peso a partir desse ‘querer’ mencionado no primeiro parágrafo. Como se estivéssemos sempre sujeitos a decepções por sempre haver expectativas – dando espaço para relações cada vez mais sentimentais.
Por Rafaela Teixeira



Fabrício Júnior - 15 anos

      " Todos poderíamos ser amigos se quiséssemos? " Como a Rafaela disse todos nós podemos ser amigos, basta querer, mas para isso acontecer os dois tem que querer. Por exemplo, não adianta você gostar muito de uma pessoa e ela não te dar o mínimo valor. Precisamos ser racionais, gostar de quem gosta da gente, muitas vezes não é isso que acontece mas essa seria a melhor forma de começar uma amizade, gostando de quem gosta de você, pois assim saberíamos que seus amigos querem realmente o seu bem.
      Mas vamos paro o objetivo do debate, saber como se inicia uma amizade; Há vários jeitos, até mesmo o citado no texto, amigos que tem algo em comum, mas não existe uma regra certa para se começar uma amizade, o que podemos saber é que ela só vai durar se houver aquela base de toda amizade, confiança, respeito etc. Podemos também de início não gostar do futuro amigo, mas com o tempo vamos aprendendo a lidar com ele, o conhecendo e acabando tendo a compreensão de que aquela imagem feita antes estava errada. Discordando um pouco do texto acho que pode ser que essa aproximação de pessoas com o mesmo gosto pode nos levar a lugar nenhum, pois pode ser que a pessoa goste de tudo que você goste, mas a personalidade dela pode não te agradar, com isso não será um bom amigo.
      Concluindo sobre isso, acho que de um jeito ou de outro a amizade pode ser feita através da escolha, pois você tem o poder de escolher quem deve permanecer e quem deve sair da sua vida, por tanto sim, você escolhe suas amizade, às vezes erradamente, mas escolhe. Não irei entrar nesse assunto de expectativas, pois isso é muito relativo, algumas pessoas têm mais, e outras menos, então não podemos generalizar isso. Vou apenas citar o meu exemplo, eu crio expectativas muito fácil e isso na maioria das vezes é ruim, mas isso é a minha característica - não vou generalizar baseando-se em uma opinião pessoal.

Rafaela Teixeira - 15 anos

      O foco da proposta do texto foi o nosso agir perante as amizades. Eu sempre critiquei muito isso quando eu notava certas  ‘socializações’ por aí. As pessoas estavam sempre atrás de felicidade, felicidade e felicidade. Sempre procuravam encontrar amigos dos quais encontrassem conforto, diversão e confiança. Como se fosse um segundo ‘eu’ para cada um, e isso era interessantemente curioso... E quando nos deparamos com pessoas que não contém características como essas? Nós a ignoramos.
Essas características que essas pessoas procuram são tão fortes e tão essenciais que é até estranho considerarmos existir pessoas que não as tem, mas acontece,ou pelo menos acontece de não notarmos isso em algumas pessoas.
      Estamos mesmo peneirando a vida, as experiências, excluindo tudo aquilo que se tornaria mais cansativo e trabalhoso. Isso com certeza é errado, as amizades não devem se formar assim. Será que não podemos abrir espaço para todos? Será que não devemos compreender as dificuldades que cada um tem e esperar somente o que elas podem dar?... Isso nos tornaria menos esperançosos perante as amizades, mas também nos tornaria muito menos decepcionantes e decepcionados.
Não sei bem se consegui me expressar, mas de certa forma era o que eu queria,o que eu notei que talvez precisasse mudar. Não podemos nos deixar levar por essa peneira, os amigos estão em toda parte,só que nossa ideia de amizade é tão estreita... (O que será amizade para nós?)
      Enfim, existem pessoas com vidas difíceis o suficiente para não saberem como é ser um amigo, mas elas também não querem se sentir solitárias. Minha opinião final ficou sendo a seguinte: Que tal ignorarmos a “magia” da amizade por acaso e perceber que isso talvez não aconteça? Talvez a magia quem faça somos nós mesmos, ao aceitar alguém e ao ser aceito...

Leander Chedite Fontes - 14 anos

      Anteriormente, no texto que Rafaela publicou, ela perguntou “Todos poderíamos ser amigos se quiséssemos?”, e eu pensei muito nessa pergunta e cheguei à uma conclusão. Sim, todos poderíamos ser amigos se quiséssemos, mas como? Bem, para isso acontecer, uma pessoa precisa mostrar pra outra que é capaz de se unir com ela. Como assim "unir"? Se juntar, ser amigo, trocar ideias, ser capaz de dizer a verdade um ao outro, confiar, respeitar, isso é amizade.
      Mas é muito difícil, porque as vezes, você está tentando ser amigo de outra pessoa, e o que você é obrigado a ouvir é:
      - Você é idiota. Seu babaca. Nunca vou falar com você - ou apenas um olhar desprezível.
      Se você perceber que a pessoa está fazendo isso, ignore-a, pois ela realmente não se importa com você, e as pessoas não devem se tratadas como cães de rua. Mas, enfim, uma amizade começa do nada. Não existe fundamentos pra se começar uma amizade, existem fundamentos para manter-se uma, como respeito, confiança, sinceridade e etc. Enfim, resumindo, você tem direito de escolher entre amizade e inimizade, basta pensar bem e analisar a situação.

Gustavo Barbi - 15 anos

      Não depende apenas de um indivíduo, precisa existir uma relação, "um vínculo" entre ambos. Mais como o 
Leander disse, as amizades nascem do nada, alguns dizem que é obra do destino. E quem sabe não é?!
      A amizade nasce quando você observa que algo lhe é comum em algum aspecto, seja no comportamento, nos gostos, no estilo, etc. Mais o complicado não é começar uma amizade, e sim mantê-la, o que em minha opinião existem algumas dicas, como confiança, respeito, "generosidade", mas nem sempre esses aspectos vão ajudar a manter uma amizade. Se uma amizade vai durar ou não só o tempo dirá, então se você gosta de um amigo, preserve-o, pois você não iria gostar de que ele se afastasse de você!